terça-feira, 22 de maio de 2012

Aquelas manhãs

Aquelas manhãs em que o sol ainda não nasceu, e não se sabe se vai aparecer por causa de algumas densas nuvens...
Quando se põe roupa e tênis e sai andando pelas ruas até o local favorito de se caminhar. Todos os dias, o mesmo caminho transforma-se em outro: incrível como uma torrente de pensamentos modifica o espaço externo.Daí sente os primeiros raios de sol sobre esta pele branca sem vida.... Escutar a mistura de sons, entre pássaros, cachorros, pessoas e carros passando em volta. Perceber a paisagem, com pinceladas de árvores e plantas mais baixas, sendo abraçadas por prédios e casas . E quando os pensamentos começam a pender para o que se entristece, o sol começa a diminuir e o tempo começa a fechar. Caminhando insistentemente....
E o sol de repente volta.... mas a chuva veio junto também.... Pessoas correm para se abrigar da chuva, outras abrem sombrinhas para não se molhar. Aí o passo diminui, a sensação úmida se intensifica e os óculos ficam quase embaçados. Ao parar embaixo de uma árvore, os óculos saem do rosto, e os olhos se fecham como numa prece. Limpeza da alma. E os olhares que se voltam para a única pessoa que não fugiu da chuva?Até comentários engraçados como "Acho sexy mulher que não tem medo de chuva". Não faz mal.... parar de sentir medo.... do que se faz bem....
E sai caminhando com um sorriso frouxo de quem enxerga a vida com mais leveza.

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